Algumas pessoas têm acusado este blog de ser violento e apelativo. Sim, é tão violento quanto a vida
Post publicado com carinho especial para Claudia machado que tem sido .uma grande amiga no Rio de Janeiro
e à minha amigona e companheira. Barbara Trelha, que me ajudou com sugestões para criar o seguionte Manifesto:
Manifesto Neo-Romântico Libertino e Libertário
“Faça o que queres há de ser o todo da Lei. Amor é a Lei.
Amor sobre Vontade” (Aleister Crowley)
O romantismo é a única forma de amar realmente libertária.
Vivemos num mundo em que qualquer tipo de sentimento que não
seja a ganância e o hedonismo é considerado doentio, patologizado e
criminalizado. Chegamos ao ponto em que não se tem coragem de usar a palavra
“amor”.
Acusam-nos erroneamente de apoiarmos o patriarcado e a burguesia. Afinal, não há nada mais capitalista e patriarcal que um grupo de libertinos vomitando poesia no espaço laboral, maculando as catedrais com maus suspiros, adornando os campos santos dos cemitérios com vinho profano. O patriarcado é nosso principal inimigo, e nossa sobrevivência depende da implosão das cadeias de poder estabelecidas pelo gênero.
(annonymous?!) |
O Romantismo é anticapitalista e libertário por natureza. Sem emoção e tesão não há Revolução.
Nossa luta é contra a insensibilidade e a covardia moderna. É contra o machismo, o feminismo, o libertarianismo e qualquer “ismo”
que exclua o que há de mais humano em nós: sonhos, fantasias, sentimentos. Marchamos para que toda forma de
amor seja igualmente válida. Inclusive aquelas que não se reconhecem como tal.
Como românticos militantes, somos radicalmente humanistas.
Dizem das sacadas dos arranha-céus que os românticos
morreram. Se morremos, voltaremos para assombrar como banshees ébrias a
burguesia mecanizada, entoando eternas sonatas voluptuosas e atrapalhando a
contagem do seu vão tesouro.
Acusam-nos de idealizar demais. Grandes pensadores, artistas e lideres idealizaram, não apenas o amor, mas sociedades utópicas inteiras. Marx, Fourier e Bakunin eram românticos. A imaginação é o passo primordial e inexorável da realização humana. Se o Romantismo constrói sociedades igualitárias, da mesma maneira sugere amores includentes, fora da lógica patriarcal. Os maiores poetas eram também, libertinos. O chamado amor-livre é filho da revolta romântica contra a moral vitoriana. Não existe amor que não seja livre, conquanto fruto da vontade individual.
Cuidado, isso é uma granada! |
Já privatizaram nossos desejos e até nosso jeito de amar. O capitalismo vulgarizou nossos ideais, transformando nossos gritos abafados de dor e paixão avassaladoras em meros souvenirs, convertendo nossas fantasias em toscas relações de poder.
Por isso, é preciso novamente resistir. E a história
demonstrou que não se param canhões e tanques com falos e bombardas,mas com
flores,suor e poesia.
Mudam-se os atores, permanecem as idéias. As "filas andam", as cadeias se fecham, as esteiras (das fabricas) rodam. Mas nossos amores e sentimentos assim como nossas idéias continuarão de pé!
Decantamos uma sociedade baseada na gentileza, na
felicidade, no sacrifício pelo ser amado (conquanto extensões de nossos
desejos). na amizade e companheirismo sinceros.
Nós somos os subversivos, nós somos os que se levantam contra a ditadura niilista do Eu Lirico reprimido.
Contra a capitalização, marxização e colonização dos sonhos!
Contra a frigidez cotidiana e o imediatismo brochante. Abaixo a mesmisse e o tédio estabelecidos!
Longa vida ao Amor Romântico!
Longa vida ao Amor Romântico!
Carpe Dien!
Desbundai e putiái!
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