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Aberta temporada de caça ao Babaca (Bufalus Fanfarronis Basbaques)

sexta-feira, 20 de abril de 2012.
Hail Mott!! Ave Butler (Ave in Excelsis)


Hoje vou falar de um assunto bastante sério e importante. Vou começar divagando sobre a questão  do Liberdade de Expressão na Internet. Fiquei sabendo que tiraram do ar o famoso site dos homem santos, antigamente disponível no endereço no endereço http://silviokoerich.org/. Isto é um absoldo! Um atentado contra o sagrado direito de homens de bem defenderem a moral masculinista em nosso país!

E tudo porque? Só porque meia dúzia de feministóides  hidrófobas e asquirosas resolveram queimar sutiã em praça publica para denunciar (pasmem os senhores) que estes distintos cidadãos estavam pregando o assassínio de mulheres, a intervenção terapêutica contra a perversão lesbiana (maldosamente apelidada de "estupro corretivo"), fazendo apologia ao pupilismo, à (sic) homofobia, etc... Pura invencionice destas  vagabundas que querem dominar o mundo e feminilizar os machos. Vade retrum!

Bazinga!

Como uma autêntica "slut" dialoga com um "mascu"
Para quem esteve afastado da internet nos ultimos meses e não sabe do que estou falando, recentemente dois jovens foram presos pela Policia Federal, acusando de serem donos do site acima meniconado, que tinha como título sugestivo, "O Perdedor mais Foda do Mundo".

O site propunha, além das maravilhas acima, organizar atentados terroristas contra mulheres, LGBTs, estudantes de esquerda, crianças e qualquer pessoa que não compactuasse com toda esta insanidade. Um dos gênios que montaram todo o esquema era curtiboka (ô saudade dessa cidade) e o grosso da denúncia tinha sido feita pelo blog da Lola, que também começou com a campanha de perseguição, desmoralização e patrulhamento ideológico, hehehe.




Pois é, dois dos principais "sanctus" como eles se denominavam a anos no zumbáico Orkut foram presos num momento extrememante "tenso" (explico o por que das aspas adiante), quando o blog dos Perdedores começou a ameaçar os alunos de Ciências Sociais da UnB. Um erro crasso e inconsertável. Mendigos pode-se meter fogo, universitários, nuuunca! E pior que os otários venderam o peixe que iam "arrepiar geral", prometeram um massacre com direito a fogos de artifício e só entregaram desculpas. Alegaram que não conseguiram entrar no predio porque estava cehio de policias e tal. Que saudades do atirador de Columbine, a versão brazuca é deprimente :(

Admito que tenho até uma certa admiração pelos "mascus" -como se auto-denominam os tais masculinistas (bazinga!) mas diante de tal decepção tive que me juntar a turma que começou a a entrar no site para escarnecer. Bem melhor que dirigir meus direitos de leitor@ ao ao CEPROC:

Mais um piá de prédio fanfarrão/O humor contra o poserismo /Pedindo arrego pros gringo, mermão?! /A moral dos Santus/Juventude Revolucionária

Parece que a Safari virtual, a Caça ao Babaca (esse espécime longe da extinção) virou o esporte preferidos dos internautas por alguns dias. Ninguem mais os levou a serio, coitados. Na verdade não havia e não há motivo para pânico. A decepção com o ataque extremista falho á Unb só serviu para demonstrar qual o modus operendi dos terroristas de primeira viajem.. Os medrosos fazem sua apologia e ficam covardemente esperando até algum psicopata gaiato fazer merda (como de fato ocorreu) para depois "surfar" no atque bem-sucedido dos outros. Eles mesmos não têm coragem de fazer nada. E os poucos que têm coragem não têm know-how mas aguardamos que estejam a essa altura fazendo curso por correspondência com a Al-Kaeda, para não passar mais vexame. Terrorista que se preze, não foge de guarda à paisana,  vai pra frente e se explode!

Já que demonstrei toda minha afeição ao pessoal da Arkhan, farei minha critica de hoje. Tenho dito em vários locais que uma pequena parcela da culpa pelo surgimento desses monstrinhos se deve a falhas teóricas dxs militantes feministas. Um dos maiores problemas do feminismo, sobretudo ao chamada 2ª onda, ais ligada ao marxismo, é o de julgar que todas as questões referentes a ser humano perpassam necessáriamente por aspectos objetivos. Eu entendo que, pelo contrário, todos os entraves sociais têm origem na subjetividade.

A história fica contada da seguinte maneira: um bando de adolescentes 'nerds' e de subjetividade mal-formada, leva um "pé-na-bunda" de uma "lambisgóia feminista qualquer", e ,não tendo estrutura psíquica suficiente resolvem "surtar" e sair pregando a vingança contra as mulheres na base da bordoada. Essa versão não é minha, eram ELES mesmos que a apresentava no blog. Me parece uma versão bem coerente, insana, mas coerente. E se, apenas como exercício intelectual, a história fosse o contrário? "ADOLESCENTE CANSADA DO 'MACHISMO' DE SEUS PARES VIRA SERIAL KILLER, PERSEGUE E MATA HOMENS", seria um belo tema para Hollywood e provavelente as mesmas feministas que metem o porrete nos "mascus" achariam a tal heroína um exemplo a ser seguido.

Por que se defende a subjetividade feminina e não a masculina? Por que se mascara problemas estruturais mais graves em nossa sociedade com o superficial "pancake" do "combate ao machismo"?  E bandeira do feminsmo que só as mulheres têm o direito de ficar histéricas? Enfim, entendo que a tragédia anunciada dos "mascus" possa ter origem na incopreensão e na falta de interesse por intelectuais e militantes pelo tema das masculinidades, o que tem sido proposto agora justamente pela tão criticada e tão pouco "engajada" terceira onda feminista. Quem é o sujeito político do Feminismo? Se for apenas a mulher, sinto muito , mas continuarão morrendo sem saber de que direção vieram as balas.

As maiores desgraças advêm da nossa dificuldade de compreender o outro.

Já me repetiram o velho ditado "tá com pena, leva pra casa". Já propus levar os "coitadinhos" embaixo do braço pra dar um bom trato, mas ninguem me levou a sério. Magoei (chuif...)

Quem quiser me xingar ai nos comentários fique a vontade.

No closet! Desbundai!
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Aventuras e desventuras no Rio-"First Blood"= Chegada não tão triunfal

sábado, 14 de abril de 2012.
Ave Butler! Hail Mott!

Hoje vou contar como tenho me virado na cidade grande e como tem sido meu dia-a-dia nessa nova fase da minha vida. Para quem ainda não me conhece, eu sou uma curitiboka (curitibana boboka) que há anos venho tentando conhecer a Cidade Maravilhosa e começar no Rio de Janeiro um bela carreira acadêmica. Até que neste presente ano de 2012, consegui uma vaga no Intituto de História da UFRJ, lar dos esquerdopatas (nem tanto assim) e instituição "milenar" onde já estudou ninguem mais, ninguem menos que o imperador D. Pedro II. Pode paracer bobagem, mas para estudantes de História isso é muuuuito chique!

"Um pequeoo paso para uma "trans" pós-gênero..."
Minha chegada triunfal com toda POMBA e circunstância, que o momento exigia foi marcada por uma atitude assumidamente punk: como sou de "origem humilde" (leia-se "fudida e mal-paga" ) e precisava aparecer no predio do IFCS, para marcar presença, e não havia conseguido lugar pra morar- a PORRA da bolha imobiliária e a proximidade da Copa e Olimpíadas está tornando a ideia de se mudar pro Rio cada dia mais inviável- tive que escolher entre perder a vaga que havia consquistado com tanto sofrimento ou me aventurar e dar de cara na porta. Resultado: "amanheceu, peguei a sacola, botei a viola (juntei o coturno véio de guerra) e fui viajar". Cheguei literalmente de mala-e-cuia no prédio histórico da antiga Escola Politécnica, no centro da cidade e meti o pezão na porta!

O bonde das sapatômica
Os novos colegas me receberam surperbem, formam muito solicitos e me aceitaram de braços abertos que nem o Cristo Redentor. Com destaque prazamiga sapatômica Tati e Bia (foto ao lado) que meu santo bateu logo de cara.
 A primeira semana foi definitivamente trash, correndo loucamente de uma lado a aoutro da cidade, mas por outro lado foi bastante interessante, por que dormindo na casa ora de um, ora de outro, conheci varias realidades urbanas. Dos hoteis chiqúerrimos do Catete (0nde passei a primeira noite, com a ajuda de uma amiga militante que pagou o pernoite pra mim e de onde fui ao Aterro do Flamengo ver o nascer do sol por trás do Paõ de Açucar na primeira manhã), passando pelos prédios de classe média do Méier e pelo bairro charmoso e boêmio de Santa Tereza. Até que, enfim, consegui uma vaguinha na belíssima Ilha do Fundão, mais exatamente no Alojamento Estudantil, de onde posto esta maravilha de relato- mais tarde falarei mais sobre as vantagens de se morar numa Casa de Estudantes, por ora, cobradores terão que passar pelos cães de guarda que ficam na frente do prédio, hehehe.

"O primeiro engarrafamento a gente nunca esquece"
E por fim, mas não menos importante, pude ter algumas experiências impares e ainda inéditas para uma curitiboka deslumbrada com as belezas da Cidade Maravilhosa. Conheci muitas pessoas bacanas e interessantes, como a megamilitante Indianara Siqueira, uma "mulher normal de peito e de pau" que mete paulada nas contradições do Processo Transexuailizador e do movimento organizado. Fugi correndo com azamiga pro Teatro João Caetano, fugindo de meu provável primeiro arrastão no centro. Passei um perrengue danado no transito caótico, meu primeiro engarrafamento decente (vide foto ao lado). Conheci o lado triste da vida, entrando em contato com os moradores de rua do Largo São Francisco, uma lição de vida..


Não sambei, não fui a praia, AINDA não voei de asa-delta e parafreaseando o pessoal do Casseta, "não comemos ninguém". Ou seja, não tô triste, nem feliz, muito pelo contrário...

O clipe de hoje é o som superdançante de Gloria Estefan & Miami Sound Machine, afinal todo mundo sabe que a musica tradicional do Rio é a Conga, a Lambada, o Tango e o Chachacha, e a capital cultural do Brazil é Buenos Aires.




NO PROXIMO POST: "Aberta a temporada de caça ao babaca".

No closet
Desbundai e putiái!
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