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Já não se fazem mais Dantes como outrora

sexta-feira, 25 de maio de 2012.
"O Poeta não morreu, foi ao Inferno e se fodeu!"
                          (Medusa Byron, parafraseando Cazuza)

Ave Butler! Hail Mott!

Pois é minha gente, conforme prometido venho aqui relatar o ultimo babado da minhas desventuras no Rio de Janeiro. Já entediada de tanto ver praia (mentira) e de tanta farra com o pessoal do IFCS-Instituto Fodástico de Cerveja e Sacanagem, a celebre (nem tando) blogueira que ora vos dirige a palavra resolveu a proveitar para fazer um tour basico pela Terra do Gramunhoso. Isso mesmo, ainda ligeiramente chamascad@, venho contar o que vos aguarda, ó leitor, do outro lado da zona penunbrosa huohuohuo (/risada satânica)

Minha insólita viajem pelas terras infernais inicia-se logo após um porre evento festivo organizado pelos colegas da faculdade e angelicalmente denominado CammaSutra e que ocorrera nas calmas cercanias da Lapa. Ora estava eu vomitando orando no interior do veículo, quando sinto o asfalto da Linha Vermelha abrir-se sobre meus pés e começa a oubir gritos (acompanhados de melodias do Restart) advindo das entranhas da terra. Não sei por grande clamor de minha parte, efeito das drogas,falta de sexo, ou por pura vontade do Criador, mas vi me derrepente (*tudojuntomesmo) no local de "danação eterna das infelizes almas que não lêem Covildamedusa, logo não foram alertadas a tempo de arrepnderem-se de seus vicios e pecados"

Em suma o Inferno, segundo permitiu-me ser mostrado, apresenta-se dividido em vários repartições, nas quais um demônio é resposável por pedir a credencias de cada pecador condenado, em 666 vias e com assinatura de todos os 240.000 santos do Apocalipse. E caso o danado por acaso não consiga todas as assinaturas em tempo habil (as filas são maiores que a do bandeijão central, do SUS e do seguro desemprego juntas) tem que pegar tudo de novo desde o princípio.

Os Dominios do Capiroto são divididos de acordo com cada pecado- o Demo é diabólicamente organizado- e apresntam-se em pequenos cubículos pouco ventilados de 2 X 4 metros (ó, onde foi que vi isso?!?) onde os infelizes são obrigados  ser mordidos dia-e-noite por mosquitos do tamanho de leões, dividir o cubícilo com pessoas que nunca viu na vida e que tem costumes bizarros (acoradar toda dia tocando algum instrumento no seu ouvido, espalhar jornais de cunho politico socio/cu/gay/terrorista, ou meramente queimar ervas arom´ticas, toxicas ou não) e ainda ficar sem ventilador.

"Espiritos Flatulantes": almas que passaram a sua vida empregnando o ar a sua volta. Aqui elas tem as bocas e narinas presas aos escapamentos dos automoveis da Gramunhão.

"Espiritos Entediantes". Aqueles que insistiram em postar sos memes do Willy Wonka. Nos Infernos, são obrigados a ter todo corpo mergulhado em chocolate quente, "curtindo" a musiquinha dos Dumpa-Dumpa por toda eternidade. No começo parece divertido...

"Espíritos Non semancantes": Insistem em ouvir Lady Gaga e pior , ainda dançam (!) No outro mundo são obrigadas a ouvir eternamente "popopopopopo-pokerface" com uma cixa de 1.000.000 de Watts inserida diretamente abaixo do crânio. E ainda são condenadas a querer mais> Nesse lugar horrendo, pude ouvir uma alma desgraçada berrando na escuridão "SÓ OZZY SAAAALVAAAA!". Mas aí já era tarde pra se arrempender, mané!
 
"Espiritos Chateantes". Pastores e visionários que passaram suas vidas fazendo "viajens mucho doidjas" e depois da morte ficam fumando crack e um xingando o outro por que não conseguem chegar a um consenso sobre como é o Inferno.

"Espiritos Plagiantes": Infelizes que leem o blog alheio, não comentam e não compartilham. E quando copia, naõ dão o devido crédito. Para estas miseráveis almas, a danação eterna é de uma tal agonia que não me é possivel descrevê-la e certamente será impossivel ao caro leitor imaginá-la (risada satânica HAUAHUHAUHAUAH)

Termino com um filminho bem bacana (joguinho legal hehehe)

No closet

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Estudante transexual vitima de perseguição política na UFPR

quarta-feira, 23 de maio de 2012.
Ave Butler! Hail Mott!

Estou hoje interrompendo minha "programação normal" para denunciar mais um crime LGBTfóbico que, que infelizmente e apesar de todas as provas e absurdos não aparece devidamente na mídia. Aproveita para desabafar que o que ocorre na UFPR não é nada diferente do que ocorre em outras Universidades do país. Nesse exato momento, eu estou tendo que correr atras dos professores do IH-UFRJ na tentativa louca de implorar a cada um que risquem o meu nome civil, quando da divulgação das notas da turma via-mural

Segue o relato do que ocorrera com um aluno da UFPR, e meu grande amigo pessoal, André. É de importãncia vital que os atos da Instituição UFPR sejam observados e denunciados, por que, além de representarem uma represália a um militante LGBT, que no momento se solidarizava com um ato de racismo que vitimizara duas colegas, abre um perigosíssimo precedente, pois pela primeira vez\  se usa o Nome Social e o respeito a Identidade de Gênero como ARMA DE CERCEAMENTO E POLICIAMENTO IDEOLÓGICO para intimidar e desvalorizar a fala de estudantes TTTs:
Quantos estudantes de talento a Universidade Fascista do Paraná perderá para garantir seu projeto de clareamento e heteronormatização da "elite intelectual" paranaense?


 ***
"No mês passado, como vocês podem lembrar, pois publiquei no meu mural do Facebook e enviei emails, houve um episódio de racismo na UFPR. Duas alunas da pedagogia ao comerem bananas no intervalo da aula foram chamadas de "macaquinhas comendo bananinhas" por sua professora na sala de aula. No decorrer da aula a professora insiste na injúria e diz a uma das alunas que havia esquecido o texto ou o caderno (não lembro) "vc esquece o texto/caderno mas não esquece a bananinha...". As moças ficaram muito chateadas e buscaram ajuda. Confesso que ainda não tinha contado que uma das meninas é amiga pessoal da Edi pois trabalha com ela, mas não me referi a isso para não levantar a questão de que só me indignava por se tratar de alguém conhecida. A própria Edi indicou que elas buscassem auxílio no NEAB (Núcleo de estudos afro-brasileiros), o qual foi, na figura de um professor mediador, totalmente ineficaz e omisso. De cara dizeram para as alunas que a professora era muito "brincalhona" e que elas deveriam deixar "para lá" esta história. Depois de alguma insistência, em outra reunião, as meninas foram para uma sindicância (a qual não foram informadas anteriormente) na presença de 5 professores do setor de educação que, em um processo cheio de coação, incitaram-nas a desistir e aceitar as desculpas da professora. Entretanto, no dia posterior à denúncia, a professora já havia feito em sala o comentário "sabe aquela bananinha da semana passada, eu fiz uma torta e comi ela inteirinha", bem como havia usado de sua posição de poder para avisar aos alunos que estudassem muito pois quem precisassem de um décimo na nota ela não daria... Em emails que circularam na net em listas de discussão, pude ler um email que a professora se defende da acusação de racismo dizendo que não o era pois ano passado em sua formatura no curso de Direito até dançou a valsa com um colega angolano (que ela não se refere como negro mas deixa subentendido devido a sua origem africana) e que tudo não passou de uma brincadeira...

O fato é que, vergonhosamente, em mais um episódio de clara hierarquização e discriminação, a UFPR tentou jogar a sujeira para baixo do tapete. As meninas ficaram coagidas e decepcionadas, sendo que a Eliane (aluna que escreveu a carta que publiquei no FB) ficou muito abalada e magoada com os encaminhamentos. Neste momento que eu e a Edi entramos na história. Talvez ela por ser amiga pessoal de uma das alunas discriminadas e por conhecer de perto o poder de esmagamento da UFPR com aqueles que contrariam as suas tão arraigadas normas da "moral e dos bons costumes" e eu, por já conhecer em meu próprio corpo as dores de ser excluído, humilhado, constrangido, inferiorizado na rotina acadêmica de uma instituição que não faz questão alguma de mostrar o quanto não nos deseja neste espaço, resolvemos fazer alguma intervenção com o intuito de novamente não vermos estes assuntos serem tratados como insignificantes circunstâncias do dia-a-dia acadêmico. Pensamos em várias coisas e por fim resolvemos "presentear" a professora com um vaso de flores com 3 bananas com um cartão lembrando o ocorrido. O cartão continha o seguinte: "Convido vc a participar da campanha: Prof. Ligia Klein - Dê uma banana ao racismo" e mais abaixo continha uma pequena foto dos "Bananas de pijamas". A Edi entregou as flores e a professora até a agradeceu. A ideia da flor foi dela e a arte também, eu apenas havia sugerido irmos fantasiados de bananas de pijamas, o que não foi possível pois não encontramos tais fantasias nas lojas de festas. A Edi também fez alguns cartazes com o conteúdo muito parecido com o cartão da professora e colamos nos locais indicados e permitidos para a propaganda do campus em que estudamos, o contéudo era: "Participe da campanha: Prof. Ligia Klein - Dê uma banana para o racismo" e novamente a foto singela dos bananas de pijamas. Saliento que uma das alunas deu entrada na delegacia de crimes raciais em um B.O. relatando o fato.

Esta semana eu estava em BH no 7º encontro de travestis e transexuais do sudeste para participar de uma mesa que falaria das exclusões na educação fora da escola. No momento da mesa, recebi quase 50 ligações da UFPR e algumas mensagens de uma colega do projeto "Violência Policial e Racismo" o qual pertencemos. Não atendi pois estava no silencioso e só percebi o quanto estava sendo "caçado" quando no almoço recebo uma ligação de meu querido orientador, Prof. Pedro Bodê que tentava me avisar do processo que estava acontecendo aqui em Curitiba. Algumas mensagens falavam em expulsão. Chegando aqui que pude conversar melhor com ele e saber a quantas andava o processo. Foi aberto uma sindicância para apurar a responsabilidade de quem colou os cartazes denominados "apócrifos e ofensivos" à prof. DRA. Ligia Klein, pois para a minha falta de sorte, a UFPR possui câmeras para nosso controle, mesmo não disponibilizando materiais mínimos de bem-estar como papel higiênico nos banheiros. Meu orientador me tranquilizou e garantiu que me defendeu, negando veementemente quando foi convocado a participar da sindicância em fazer o reconhecimento, pois acreditava que o foco da discussão não era esse e que por sua postura e ativismo contra a criminalização, jamais ajudaria a me delatar. Mas outros o fizeram. A situação tornou-se insustentável, tanto que não voltei mais as atividades esta semana (estamos na semana acadêmica do curso). Ontem encontrei-me com uma colega que estava muito preocupada com o rumo que tudo está tomando, informando-me que havia sido questionada se conhecia "o aluno TRANSEXUAL que havia colado os cartazes". Outro rapaz que foi chamado a sindicância contou-me que para fazerem meu reconhecimento a comissão mostra minha ficha acadêmica (com meu nome civil e minha foto anterior ao processo de transição) e que a minha transexualidade é perguntada aos informantes, bem como descrita no termo que os mesmos devem assinar. Como disse para meu orientador, acredito que a universidade nem precise realizar nenhum ato administrativo mais feroz contra a minha pessoa, basta fazer o que sempre desejaram: exposição de minha condição, é claro, não sou ingênuo, de forma a atrelar o fato de eu ser transexual a minha ação ativista, e sempre numa conotação depreciativa, pejorativa e que visa expor-me ao ridículo.

Minha estratégia será a de fazer algo que não desejava, mas que confesso já ter pensado. Pretendo expor minha condição de homem transexual, até porque em todo o tempo que tentei escondê-la, a universidade foi muito mais eficaz em torná-la pública. Nunca envergonhei-me de ser trans, apenas sempre quis não ser visto apenas por esta marca, este rótulo. Entretanto, se esta é a arma da Universidade, vou desarmá-la. Sinto, pois muito provavelmente perderei a amizade de muitas pessoas. Voltarei a ser um corpo-alien e qualquer manifestação minha enquanto acadêmico de Ciências Sociais será lida como uma demonstração de minha incapacidade de compreensão como um indivíduo normal. Minhas aspirações como pesquisador de diversas áreas serão comprometidas, meus interesses de pesquisa e minha militância por uma sociedade mais solidária com todas as formas de vida será compreendida como um produto derivado de meu sofrimento, pois é claro, serei lido como um "pobrezinho ser estranho e mal-formado" que precisa da compaixão das pessoas de bem. Afinal, eu sou considerado doente, transtornado mental e portanto menos (ou completamente não) capaz de graduar-me ou de realizar qualquer atividade intelectual. Meu corpo tem cicatrizes que serão objeto de curiosidade, contudo minha história tem mais e são elas que me fizeram ser tão persistente no desejo por uma outra sociedade. Serei exposto, humilhado, constrangido, ridicularizado, mas não ficarei acuado. Lutei e lutarei até meu último segundo, pelo meu direito de ser quem eu desejo e não me envergonharei abandonando minhas metas. Um conto pagão da história do rei Arthur fala de um rei destemido e heróico, Vortigen era seu nome, em sua última batalha ele teria chamado a atenção de seus soldados que fugiam na eminência de serem massacrados com um solene grito: "Voltem e lutem como bravos, de nada adianta a fuga, acaso vocês acreditam ser possível escapar da morte? Abracem-na e sejam glorificados!!!" Sendo assim, a seu comando seus soldados voltaram e não desistiram de sua luta. E sua bravura não foi esquecida. Com este exemplo, posso afirmar que poderá haver o dia em que me esconderei e fugirei da luta, mas com certeza não será hoje.

 Encaminho juntamente os vídeos que foram do caso das alunas vitimadas e a cópia do cartaz colado nos prédios da reitoria da UFPR. Agradeço desde já.

 http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=1250882&tit=Alunas-de-Pedagogia-da-UFPR-denunciam-professora-por-racismo 

http://g1.globo.com/videos/parana/paranatv-1edicao/t/edicoes/v/nossos-reporteres-acompanham-um-caso-de-racismo-em-curitiba/1932586/""
***

Proposta de texto para ser enviada ao reitor da UFPR - gabinetereitor@ufpr.br (Escrita pela Prof. Drª Berenice Bento)
Magnífico Reitor da UFPR:

O estudante da UFPR, André Lucas, corre o risco de ser expulso por ter participado de atividades dentro da universidade em defesa de duas alunas que foram vítimas de racismo por uma professora.
A universidade abriu um processo contra André e ao fazê-lo publicizou a condição de aluno transexual. Além do absurdo de não apurar o caso de racismo, a universidade colocou o estudante em situações vexatórias. A comissão de sindicância mostrou a ficha acadêmica do estudante com seu nome civil e sua foto anterior ao processo de transição de gênero, além de perguntar sobre sua TRANSEXUALIDADE aos informantes que estão sendo ouvidos na comissão de sindicância. A UFPR, para abafar um caso de racismo, comete transfobia
 

Em anexo, carta do estudante com o detalhamento dos fatos.
 

Solicitamos:

1) A imediata suspensão da Comissão de Sindicância.
2) Instalação de Comissão de Sindicância para apurar as denúncias de racismo contra a professora.

Solidariedade? Muito mais: Unidade nas lutas!

E que venha a Marcha das Bananas!


COMENTÀRIO FINAL: Indiferente de minha relação de amizade com o André, a PERSEGUIÇÃO POLÍTICA E IDEOLÓGICA perpretada contra ele é um atentado à minguada inserção social da população TTT no meio acadêmico, é um desrespeito a toda população de travestis, transexuais e transgêneros de nosso pais, que buscam a igualdade e o acesso ao meio escolar. Precisamos tomar providências urgentes para impedir que um estudante reconhecidamente transexual seja expulso de um Universidade, meramente por não aceitar baixar a cabeça diante das injustiças sociais tão recorrentes neste espaço tão elitizado e heteronormativo que são sa Universidades brasileiras.


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Por que não comemoro o 17 de maio?

sexta-feira, 18 de maio de 2012.
Ave Butler! Hail Mott!

A partir de agora estou decidida a atualizar essa birosca toda as sextas-feiras. Tem muita MERDA acontecendo (e algumas coisas bacanas também) o que torna um tormento ter que me calar.
Hoje vou falar de uma grande polêmica: a tal despotlogizazação da homossexualidade.

 Eu jogo meu Dildo encima da mesa e peço *truuuuco, mentirooosooo!!!!

Meu Dildo na mesa, caralho!
Já vou adiantando que tenho profundas dúvidas de que esse grande avanço mundial das políticas LGBT realmente ocorreu da forma como se diz. Na prática parece-me como futura historiadora da sexualidade (etnohistoriadora digievoluída?) mais como uma tentativa de criar um marco monumental que demonstre a "vitória do método Advocacy" (ou "pelevocacy", dependendo do seu posicionamento político) em relação a uma militância mais tradicioanal, de base- enfim, a vitória da diplomacia de gabinete sobre a organização popular. Defendo que a tal despatologização da homossexualidade NÂO se sucedeu na prática. Pelo contrário, apens mudou-se o foco das intervenções  das "ciências psi".
Parto da indagação do por quê é tão difícil se cassar os diplomas de psicólogos e psiquiatras que se propõe, indo contra o CRP, o CFP e a própria OMS, a "curar" gays e lésbicas. Se o que estas pessoas pregam e fazem se enquadra teóricamente em crime de charlatanismo e curandeirismo (que dá cadeia no Brasil), por que é praticamente impossivel que tenham seus diplomas cassados?
Seria por que o CID-10 (documento da OMS onde são catologadas todas as doenças do mundo), embora não onste mais a homossexualidade como doença, continua apresentando "furos", espaços que profissionais mal-intecionados podem corromper para justificar, inclusive juridicamente seus métodos. Falo, por exemplo, a "orientações sexual egodistônica":

F66.1 Orientação sexual egodistônica
Não existe dúvida quanto a identidade ou a prefer~encia sexual (heterossexualidade, homossexualidade, bissexualidade ou pre-púbere) mas o sujeito desejaria que isto ocorresse de outra forma devido a transtornos psicológicos ou de comportamento associados a esta identidade ou a esta preferência e pode buscar tratamento para alterá-la.
"Alterá-la" em que sentido? Quais os "transtornos" que  pemitiriam a intervenção dos profissionais neste caso? Quem o define?Juram de pé-junto que a tal egodistonia serve apenas no caso de homossexuais que não conseguem se aceitar  de forma "saudável" (o que é "saúde"?) como tais. Mas na prática serve para que Malafaias, Lobos e Justinos use como base para defender que alguns gays na verdade são "heterossexuais não resolvidos" e que sua missão como terapeutas é ajuda-los a reencontrar sua natural biológica a uma sexualidade que os leve naturalmente a produção de bebês. O argumento tnfelizmente tem muita lógica e se a distorsão fosse muito grande já teriam sido cassados ou presos. 
"E eles a-cre-di-ta-ram!"

A retirada do CID não impede a "cura" de LGBTs, ao contrário, cria um processo mais apurado de  "ortopedia" na origem destas relações que é o gênero  

Deixando para posteridade um "testículo" que deixei ontem no Facebook:  
Sinceramente, hoje estou bastante triste. Gays e lésbicas do mundo inteiro passaram o dia comemorando uma grande vitoria mundial: a retirada da homossexualidade do Código Internacional de Doenças (CID). Mas o que nós trans temos a comemorar? Ganhamos um "presentão" essa última semana. Mesmo com uma grande campanha mundial para que deixassemos de ser doentes, o DSM-V (que define o que é doença mental) teve a capacidade de mudar o nome do nosso "distúrbio". Agora não se chama mais "transexualismo" e sim "disforia de gênero". Decisão sem nenhum caráter científico, de forma arbitrária e na surdina, passando por cima de milhares de especialistas e militantes de mais de 20 paises.
Sabemos que muitas trans brasileiras defendem que a patologização se faz necessária para assegurar o acesso ao atendimento pelo SUS, mas pergunto: vale a pena aceitar uma "doença" que sabemos não ter para ter acesso a um "tratamento" que sabemos não precisar?
Acabo de voltar de um debate sobre direitos LGBT na faculdade de Direito da UFRJ e quando perguntei a um psicólogo convidado sobre o que ele pesnsava do tema, ma disse que para os psicólogos, "xs trans são as pessoas mais sãs que existem, por que somos as mais resolvidas com nossas identidades de gênero". Gostei muito de ouvir isso, mas sinceramente, preferia mais respeito por parte das autoridades e mesmo por parte das organizações LGBT. Quando batem em gays nas nossas ruas, isso já causa grande comoção- e com grande razão, aliás. E quando assassinam umx TTT? Ja viram alguma cena de travesti/transexual ser agradida nas ruas no Fantástico? Alguma vez a vitima não foi culpabilizada pela midia e autoridades? Gerou alguma comoção?
Parabéns aos gays e lésbicas, um dia chegamos lá :( Desculpem o desabafo...

ALÔ FEMINISTAS!!!

Aqui coloco na integra a fala da colega Aline Freitas, no grupo "Despatologização Trans." do Facebook:

 O DSM-V tende a substituir "transtorno de identidade" com "incongruência entre o gênero que se experimenta/expressa e o gênero designado". E no lugar de "transtorno de identidade de gênero" vai ficar "disforia de gênero". Se por um lado houve um avanço na linguagem, por outro o diagnóstico abrange todos os possíveis pessoas trans de todos os possíveis espectros. Sim, há um problema claro, passa-se a patologizar todo o espectro de pessoas cuja identidade/expressão de gênero diverja do que se considera aceitável para o gênero designado no nascimento
 Meu posicionamento, trocando em miúdos, para quem não entendeu: "psiquiatras especialistas" estão nesse exato momento propondo que qualquer "expressão de gênero" (teóricos queer prefirimos usar o conceito de "performance") que fuja daquilo imposto pelo discurso patriarcal seja patologizado. E isso pode valer no futuro para afeminados, "butchers", feministas  (sic) "raivosas", pós-generistas... Enquanto vocês ficam arrumando briga com mascus-pseudomasculinistas-perdedores, e chamando palavras de ordem nas ruas pedindo uma "América Latina  feminista", estes PILANTRAS lacaios da industria farmacêutica, reunidos nos Esteites,estão nos atacando pelas costas e arrumando um jeitinho de sair nos dopando a torto e a direito, só porque não nos  conformamos com essa sociedade heteronormativa, binarista, machista e porca que eles criaram.
Meu CU!!!


E viva o 28 de junho, quando enfrentamos a "puliça" na base da porrada!
*NO PRÓXIMO POST:: "Já não se fazem mas Dantes como outrora"

Adendos importantes: 

1) Pelo que me informaram a posteriori, a equipe do DSM-V apenas teria apresentado uma proposta conceitual  nova: a mudança do nome da "enfermidade", mas por este site, me parece evidente que não há a menor hipotese de diálogo.
2) Esqueci-me de dizer que a equipe de psiquiatras responsáveis pela definição da patologia trans é presidida por dois médicos, o Dr Zucker e Dr. Banchard, ambos favoráveis ao retorno da homossexualidade como patologia. O que estes senhores fazem num grupo tão importante, fazendo este tipo de debate, nem Cher consegue entender.

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